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Juiz discorda que leis sejam frouxas e diz que crime aumenta em MT por falta de atenção, banho e estudo a usuários de drogas

O magistrado, que é juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, não concorda que as leis do Brasil são frouxas.

26/02/2024 | 08:06 - Atualizada em 26/02/2024 | 08:07

Repórter MT

Juiz discorda que leis sejam frouxas e diz que crime aumenta em MT por falta de atenção, banho e estudo a usuários de drogas

Foto: Reprodução

O juiz Geraldo Fidélis, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, afirmou que o aumento da criminalidade no Estado está ligado à falta de atenção básica aos usuários de drogas, que segundo ele, cometem crimes para alimentar o vício. Segundo o magistrado, “falta banho”, “roupa” e “estudo” para essas pessoas.

“Tem que voltar essas pessoas [usuários de drogas] à área de atenção, tem que dar trabalho, tem que dar banho, tem que dar roupa, dar estudo para essas pessoas [...] Temos que dar atenção especial para evitar o regresso ao crime”, disse o magistrado à imprensa na quarta-feira (21).

Diferente do governador Mauro Mendes (União), o magistrado não concorda que as leis do Brasil são frouxas. Em recentes entrevistas, Mauro afirmou que as polícias estão “enxugando gelo”, pois segundo ele, enquanto as Forças de Segurança prendem, o Judiciário solta. Para o chefe do Executivo, os bandidos perderam o respeito, pois as leis não são duras e pouco inteligentes.

“Eu respeito, mas não concordo. Existe uma sistemática e devemos esclarecer para a sociedade do que era antes da adoção de algumas leis, como da adoção das audiências de custódias, que filtra as pessoas que devem votar à sociedade. Falta Estado, falta Estado social, falta atenção ao drogadito, que comete os crimes, faz os furtos para alimentar o vício”, destacou Fidélis.

“É uma situação delicada. É importante o governo investir no social, para enfrentar esse problema de drogadição que tem no nosso Estado, na Capital principalmente”, completou.

Em janeiro, o governador em entrevista à Jovem Pan chegou a dizer que as prisões brasileiras se tornaram um verdadeiro "centro de requalificação para o crime". Entretanto, conforme Fidélis o número de presos que cumprem regime semi-aberto e recorrem à criminalidade é muito baixo.

“O número que volta para o crime é pouco, mas dá notícia. Mas nós precisamos usar o outro lado que é muito maior e não tem visibilidade”, finalizou.

A 2ª Vara Criminal da Capital tem a competência da execução de penas privativas de liberdade de regime fechado e a corregedoria dos presídios. 

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