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Mercado de créditos de carbono ganha espaço no agro brasileiro

Discussões sobre regulamentação ainda estão em andamento no Congresso

16/03/2024 | 09:40

Globo Rural

Mercado de créditos de carbono ganha espaço no agro brasileiro

A atividade rural pode gerar créditos de carbono via proteção de vegetação nativa ou com mudanças de manejo que reduzam as emissões

Foto: Getty Images

Há 54 anos, o agrônomo Sérgio Vergueiro decidiu ir à Amazônia para criar gado. Logo de início, ele decidiu adotar no local, a Fazenda Aruanã, uma prática pouco usual: preservar faixas de floresta entre cada lote para evitar o desmate contínuo de longas porções de terra. Uma década depois, com a degradação dos pastos, optou por mudar de atividade e apostar no plantio de castanheiras.

Atualmente, Vergueiro tem uma propriedade repleta de árvores em pé – nativas e plantadas – e o título de maior reflorestamento de castanheiras do Amazonas. Esse trabalho acaba de render a ele 2,2 milhões de créditos de carbono, que podem ser vendidos para quem quiser compensar suas emissões de gases de efeito estufa (GEE).

A trajetória de Vergueiro ainda é raridade no agronegócio brasileiro, mas é um dos exemplos do número crescente de produtores rurais que têm acessado o mercado de carbono – ferramenta que, segundo as conclusões da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas do ano passado, a COP 28, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é fundamental para que o mundo consiga neutralizar as emissões de GEE até 2050 e limite o aquecimento global a 1,5ºC até o fim do século.



Nesse mercado, os diferentes gases de efeito estufa são convertidos em gás carbônico, e cada tonelada de gás carbônico equivalente que deixou de ir para a atmosfera ou que foi capturada corresponde a 1 crédito de carbono.

No Brasil, esse mercado deve ganhar impulso com o projeto de lei 2.148/2015, que regulamenta o mercado de carbono no país. A Câmara dos Deputados aprovou o texto no fim de 2023, e agora o Senado vai analisar a matéria.

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