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"Crime organizado quer influenciar o poder público por dentro"

Dois alvos de operação policial deflagrada nesta semana tinham interesse em se canditar em outubro

08/04/2024 | 09:05

Mídia News

O governador Mauro Mendes (União), que falou sobre os planos dos candidatos de facção

Foto: Reprodução

O governador Mauro Mendes (União) classificou como "importante, relevante e perigosa" a informação de que supostos integrantes de uma facção criminosa tinham planos de se candidatar nas eleições deste ano em Cuiabá.

A informação veio à tona com a deflagração da Operação Apito Final, da Polícia Civil, que investigou um esquema de levagem de dinheiro que teria como origem o tráfico de drogas. Conforme as investigações, o grupo preso movimentou R$ 65,9 milhões. 

Mendes revelou que o Estado sabia da estratégia, mas guardava segredo para garantir um combate eficiente. 

“Essa informação é muito importante, relevante e perigosa. Nós já sabíamos, estávamos trabalhando nos bastidores com isso. O crime organizado vem tentando infiltrar pessoas dentro da política, não só no Mato Grosso, mas no Brasil inteiro, elegendo cargos importantes para tentar influenciar o poder público por dentro”, disse. 

O governador explicou que os partidos não podem impedir filiações sem ter provas de vínculo criminoso.  

Além disso, garantiu que os órgãos de segurança trabalharão para evitar influências criminosas nas eleições municipais deste ano. 

“Todos temos que estar atentos, todos os partidos. Entretanto muitas vezes não há os mecanismos adequados para perceber isso. Só com uma investigação e materialização dessa investigação que você pode dar aos partidos, seja qual for e não somente o União Brasil, elementos para recusar uma filiação ou impedir uma candidatura”, esclareceu. 

“Isso é perigoso. Vai demandar dos órgãos responsáveis, tanto da justiça como do Ministério Público, da Polícia Civil, de todos os nossos aparatos de segurança pública uma segurança muito maior, ações muito mais contundentes para evitar que isso aconteça. Lugar de bandido não é na política, fazendo aquilo que deve ser feito por cidadão de bem, e sim na cadeia, e aqueles que também estão na política fazendo [crimes] também deveriam estar na cadeia”, concluiu. 

Pré-candidatos faccionados 

A Polícia Civil prendeu na operação Apito Final, deflagrada na terça-feira (02), dois homens envolvidos em lavagem de dinheiro por parte de uma facção criminosa. Ambos pretendiam se candidatar a vereador na capital. 

O esquema movimentou mais de R$ 65 milhões e alertou os órgãos de segurança sobre a necessidade de aumentar as fiscalizações sobre as eleições municipais deste ano. 

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