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Mendes estuda acionar CNJ contra juiz que liberou traficantes

Os traficantes foram presos novamente na segunda-feira (8) após outro juiz revogar a decisão de soltura

10/04/2024 | 08:08

Mídia News

Mendes estuda acionar CNJ contra juiz que liberou traficantes

O governador Mauro Mendes, que disse que vai procurar auxílio da Procuradoria do Estado

Foto: Reprodução

O governador Mauro Mendes (União) afirmou que estuda denunciar o juiz federal Guilherme Michelazzo Bueno ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após a decisão de conceder liberdade a dois traficantes que transportavam 420 kg de drogas em Porto Espiridião, região de fronteira com a Bolívia.

O magistrado estava de plantão no domingo (7) quando deu liberdade provisória à dupla um dia após eles terem sido presos. 

A decisão, porém, foi revogada na segunda-feira (8) pelo juiz Francisco Antônio de Moura Júnior e os traficantes foram presos novamente no mesmo dia. 

“Vou pedir a Procuradoria do Estado que estude isso. O crime de tráfico internacional de drogas é um crime federal e temos autoridades constituídas e essas autoridades tiveram conhecimento [do caso]”, disse à imprensa nesta terça-feira (9). 

“Publiquei vídeo na rede social, algumas reportagens tiveram ampla repercussão dentro de Mato Grosso e fora do Estado. Acredito que foi por isso que no final do dia de ontem o juiz revogou esse alvará de soltura e o Gefron junto com a Polícia Federal localizaram e prenderam esses bandidos”, acrescentou. 

No despacho que liberou os traficantes, o juiz plantonista escreveu que "ao que tudo indica" os dois homens são pobres, seriam “mulas” e teriam aceitado fazer o transporte para obter "dinheiro fácil". 

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal chegaram a pedir a prisão preventiva dos traficantes, mas o magistrado não acatou. 

Endurecimento de lei 

Mendes elogiou a nova decisão que prendeu a dupla novamente, porém voltou a defender o endurecimento da legislação brasileira. 

“Fico feliz com a nova postura do Judiciário, mas é lamentável, porque não é a primeira vez que isso acontece em Mato Grosso e no Brasil. Tem sido recorrente”, disse. 

“Temos que ter leis mais duras, não permitindo esse tipo de interpretação que beneficia bandidos que causam grande risco à sociedade. O tráfico de drogas tem um desdobramento gigantesco em outros crimes, fomentando as cadeias criminosas em todo país”.

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