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Credores aprovam plano e Grupo Braki de Vila Rica consegue reduzir 80% da dívida de R$ 54 milhões

Após iniciar o processo de soerguimento por passivo de R$54 milhões, o grupo conseguiu reduzir as dívidas em 80%, além de dois anos de carência com alguns credores e prazo para liquidar o montante em 20 anos

23/04/2024 | 09:04

Olhar Jurídico

Credores aprovam plano e Grupo Braki de Vila Rica consegue reduzir 80% da dívida de R$ 54 milhões

Foto: Reprodução

Os credores do Grupo Braki, cuja principal atividade é a produção de ração animal para atendimento da região do Vale do Araguaia e Sul do Pará, aprovaram o Plano de Recuperação Judicial apresentado, em assembleia geral realizada nesta terça-feira (16). Após iniciar o processo de soerguimento por passivo de R$54 milhões, o grupo conseguiu reduzir as dívidas em 80%, além de dois anos de carência com alguns credores e prazo para liquidar o montante em 20 anos. 

Na votação do Plano de Recuperação foi obtido 100% de aprovação das classes de credores trabalhistas, quirografários e de credores ME/EPP. Já na classe de credores de garantia real, representantes que correspondem a 53,06% dos créditos presentes votaram pela aprovação do plano. 

Conforme a inicial, o ajuizamento do pedido de recuperação foi justificado por uma série de razões, entre elas o falecimento de dois sócios no ramo agrícola, perda e entrega de áreas de agricultura, como as fazendas Tapiraguaia e Alegria, necessidade de venda de quase a totalidade do rebanho, com fim de evitar ações de execução fiscal, fechamento de cinco lojas e prorrogações com altos juros junto aos credores.

As atividades do grupo se iniciaram por meio dos trabalhos executados pelo casal Lenira Momo e Izaias Momo, em 1994, na cidade de Vila Rica (1.170 km de Cuiabá). Três anos depois, abriram o primeiro estabelecimento físico, quando inauguraram a Casa do Produtor, entre 1997/98.

O casal, que até então era apenas consultor, passou a ser fornecedor de seus clientes. “As atividades se desenvolviam da seguinte forma: os clientes recebiam os melhores planejamentos, buscando alavancar os resultados e para auxiliar a atingir os resultados, a Casa do Produtor disponibilizava os melhores insumos", conta o grupo no pedido.

Com o passar dos anos, o casal foi expandindo as áreas, vendendo uma fazenda e comprando outra, até completar cerca de 3 mil hectares, já no ano de 2013, denominada Fazenda União. Contudo, em 2021, já com muitas dívidas, o Grupo precisava de um novo sócio para viabilizar o aumento da área plantada, para elevar o faturamento.

Com todos esses cenários apontados, bem como outros fatores, o Grupo Braki chegou em uma situação financeira grave, entrando em crise. Com isso, ficou impedido de cumprir com os compromissos assumidos, o que ocasionou, inclusive, o arresto da safra de soja 2022/2023.

Nesse sentido, com objetivo de superar a crise econômico-financeira que se encontra, o Grupo ajuizou o pedido de recuperação judicial afim de continuar atuando como fonte produtora, bem como fonte de emprego para trabalhadores, além de manter a garantia aos interesses dos credores, “promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica”, discorreu o grupo.

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