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Chefe do Ministério Público designa três promotores para acompanhar caso Zampieri

Vinícius Gahyva, Jorge Damante e Marcelle Rodrigues são os promotores autores da denúncia contra os três primeiros réus

31/07/2024 | 06:50

Repórter MT

Chefe do Ministério Público designa três promotores para acompanhar caso Zampieri

Portaria é assinada pelo Procurador-Geral de Justiça, Deosdete Cruz Júnior

Foto: Reprodução

O procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Júnior, designou três promotores do Núcleo de Defesa da Vida de Cuiabá para atuar nos autos do inquérito policial que trata do assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido no ano passado em Cuiabá. A portaria foi publicada nessa segunda-feira (29).

Os promotores indicados são Vinícius Gahyva Martins, Jorge Paulo Damante Pereira e Marcelle Rodrigues da Costa e Faria. Os três assinam a denúncia oferecida contra os três primeiros réus no processo: Antonio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas.

Coronel do Exército, Caçadini é acusado de ter contratado o pedreiro Antonio e o instrutor de tiro e despachante Hedilerson para matar Roberto Zampieri. De acordo com o MP, o crime foi cometido mediante paga e promessa de recompensa, com recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de arma de uso restrito.

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado no dia 5 de dezembro de 2023, com disparos de arma de fogo, no bairro Bosque da Saúde, em frente ao escritório dele. O assassino ficou de tocaia, aguardando que saísse de seu local de trabalho.

Conforme a denúncia, “Antonio Gomes da Silva, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, auxiliado por Hedilerson Fialho Martins Barbosa, agindo ambos mediante paga e promessa de recompensa efetivada por Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima”.

“Na noite do macabro assassinato, a vítima saiu do interior de seu escritório de advocacia e, instantes após entrar no seu veículo automotor, foi surpreendida por Antonio Gomes da Silva, que já a espreitava, oportunidade em que foi atingida por diversos disparos de arma de fogo, que causaram sua morte por choque hipovolêmico decorrente de ferimentos perfuro-contundentes”, prossegue o documento.

No mês anterior, conforme a denúncia, Antonio procurou Zampieri sob o falso pretexto de contratar seus serviços profissionais. Ele chegou a marcar uma visita a uma propriedade rural com o advogado, com a intenção de matá-lo com uso de uma marreta. Na data marcada, o advogado mandou um amigo em seu lugar, frustrando o plano.

Um quarto elemento foi indiciado pela Polícia Civil: o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo. Ele teria contratado o crime com Caçadini. O crime teria sido motivado por uma disputa de terras na cidade de Paranatinga. Aníbal acreditava que por ter proximidade com um desembargador do Tribunal de Justiça, Zampieri teria facilidade para vencer o processo. Por essa razão, ele encomendou o crime.

No último dia 22 de julho, foi realizada a audiência de instrução do caso Zampieri. Diante do juiz, Antonio Gomes da Silva confessou o crime e disse que nem Caçadini, Hedilerson ou Aníbal tiveram envolvimento com o assassinato. Ele prometeu entregar a pessoa que o contratou no Tribunal do Júri.

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