O governador Mauro Mendes (União) sinalizou que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vai cortar os pontos dos professores que aderiram à paralisação realizada na última segunda-feira (12). Conforme a pasta, apenas 1,3% dos educadores aderiram ao movimento.
“Eu respeito esse baixíssimo número que se manifestou. A manifestação é livre, é democrática, mas o governo trata com isonomia dentro das regras da administração pública e a secretaria, seguramente, vai aplicar as regras que estão previstas na administração pública. Não entrei nesse mérito, não discuti isso com a secretaria, mas, se a regra for essa, sim. Se não for, não”, respondeu à imprensa quando questionado sobre quais ações serão tomadas em relação aos grevistas.
Em junho do ano passado, Mauro foi ainda mais direto ao dizer que já havia entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de permitir corte de ponto e desconto dos salários de quem faltasse ao trabalho.
“Qualquer servidor que fizer greve é falta e corte de ponto, cabe ao sindicato entrar na Justiça e provar que aquele movimento é legal. Ponto. Isso não é uma decisão do governador Mauro Mendes, isso é uma decisão do Supremo Tribunal Federal que já decidiu nesse sentido”, disse na época.
O governador destacou que os salários pagos aos alunos da rede pública estadual estão entre os maiores do país. Mauro também disse que o que o estado paga é mais do que as escolas particulares da região.
“Eu respeito as reivindicações, mas contra fatos e evidências não há argumento que resista. O que nós estamos fazendo está na direção correta. E eu agradeço aos milhares de professores que estão colaborando e estão ajudando a construir esse resultado”, disse.
No mesmo evento, o Governo anunciou a educação do estado ficou na 8ª posição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023, com média 4,2, conforme informações do Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em 2021 a média foi de 3,6.