No dia 3 de setembro de 1989, um voo da Varig, que partiu de Marabá (PA) com destino a Belém (PA), sofreu um acidente fatal em São José do Xingu, Mato Grosso, completando 35 anos nesta segunda-feira (02). O Boeing 737, comandado por Cézar Augusto Padula Garcez, tinha 48 passageiros e 6 tripulantes a bordo.
De acordo com informações reunidas pelo site Olhar Alerta, o comandante Garcez relatou uma pane no sistema de navegação aos passageiros, enquanto o avião estava com apenas 15 minutos de combustível restante. A aeronave acabou caindo na floresta amazônica às 21h06 daquele dia, após perder as asas devido ao choque com árvores. A queda não causou explosão por falta de combustível.
O acidente resultou na morte de 12 pessoas, com duas vítimas falecendo no ato. Outras 42 pessoas sobreviveram e passaram três dias na selva até serem resgatadas. A principal causa do acidente foi um erro de interpretação de coordenadas pelos pilotos, que desviaram a rota planejada. O problema foi agravado por uma falha no sistema de navegação da Varig, que na época estava em transição.
A investigação revelou que, além do erro na inserção das coordenadas, os pilotos não estavam completamente preparados para as mudanças no sistema de navegação. Após o acidente, houve uma série de mudanças na aviação brasileira, incluindo melhorias nas estruturas dos aviões e no sistema de radar.
Os pilotos foram julgados em 1997 e condenados a quatro anos de prisão, convertidos em trabalho comunitário. Nilson Zille, copiloto na época, tornou-se palestrante e autor de um livro sobre o acidente, enquanto Garcez mudou-se para os Estados Unidos e não há informações recentes sobre seu paradeiro.
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