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Como a fumaça das queimadas afetam a saúde humana? Entenda

O Brasil está sendo afetado por queimadas e, se manter bem informado para se proteger é essencial

12/09/2024 | 09:26 - Atualizada em 12/09/2024 | 09:30

Terra

Como a fumaça das queimadas afetam a saúde humana? Entenda

Foto: Acassio Esdras

Nas últimas semanas, o Brasil foi tomado por incêndios devastadores de queimadas no interior do estado de São Paulo e também em outras regiões, como a Floresta Amazônica, que estão se espalhando de Norte a Sul do país. Esses incêndios agravaram a qualidade do ar na região e também em capitais do país como São Paulo, Goiânia, Brasília e Belo Horizonte.

Com os registros de ar contaminado, muitas pessoas relataram desconfortos respiratórios, ardência nos olhos, tosse seca e irritação na garganta.

Em entrevista ao Terra Você, a pneumologista Michele Andreata, da Saúde no Lar, explica como essa fumaça pode prejudicar a saúde e o que fazer para se proteger.

Como a fumaça das queimadas afetam a saúde humana?

A pneumologista conta que a exposição ao ar poluído por fumaça e fuligem, especialmente em períodos prolongados, pode causar uma série de problemas na saúde, entre eles:
  • Irritação das vias aéreas;
  • Exacerbação de doenças respiratórias pré-existentes, como asma e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica);
  • Aumento do risco de infecções respiratórias;
  • Tosse;
  • Dificuldade para respirar;
  • Irritação nos olhos e garganta.
Como se proteger das queimadas?

O Ministério da Saúde recomenda as seguintes orientações para a população:

• Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas;

• Reduzir ao máximo o tempo de exposição, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;

• As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;

• Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12h e 16h, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas;

• Uso de máscaras do tipo “cirúrgica”, pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. Enquanto o uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população;

• Crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral. Além disso, devem estar atentas a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível.

Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, devem:
• Buscar atendimento médico para atualizar seu plano de tratamento;

• Manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crises agudas;

• Buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises;

• Avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas.

O que fazer caso seja afetado por queimadas

Para quem teve contato com o ar poluído neste fim de semana, vale ficar atento a alguns sintomas iniciais podem indicar problemas pulmonares causados pela exposição constante a esses poluentes, entre eles:
  • Tosse persistente;
  • Sensação de opressão no peito;
  • Falta de ar;
  • Sibilância (chiado no peito);
  • Irritação nas mucosas, como olhos e garganta. 
Em casos de exposição prolongada, pode haver também cansaço extremo, agravamento de condições respiratórias crônicas e aumento da frequência de infecções respiratórias.

A exposição contínua à fumaça e fuligem ainda pode levar ao desenvolvimento de bronquite aguda, exacerbação de asma e DPOC, pneumonite química e, a longo prazo, pode aumentar o risco de doenças respiratórias crônicas e até mesmo doenças cardiovasculares. 

“Além disso, há uma correlação entre a exposição a poluentes atmosféricos e o aumento do risco de câncer de pulmão”, completa a pneumologista.

A médica explica que o organismo pode eliminar algumas das partículas inaladas, especialmente em indivíduos saudáveis, através de mecanismos naturais de defesa, como a tosse e a depuração mucociliar.

No entanto, danos a longo prazo, especialmente em pessoas com condições respiratórias crônicas, podem persistir. "Se os sintomas respiratórios continuarem após o fim da exposição ou se houver agravamento de uma condição pré-existente, é essencial procurar ajuda médica o mais rápido possível para uma avaliação adequada e possível tratamento", conclui.

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