O secretário estadual de Educação, Allan Porto, disse que o Governo pretende aumentar ainda mais a rede de escolas no regime cívico-militar, com mais cem unidades até o fim do mandato de Mauro Mendes (União), em dezembro de 2026.
A aposta nesse modelo tem explicação. A gestão conjunta entre um diretor civil e outro sendo um militar da reserva tanto da Polícia Militar, como do Corpo de Bombeiros, diminuíram a evasão dos estudantes e aumentou a participação dos pais nas atividades.
“É um modelo inovador, um modelo que está dando muito certo. Hoje nós temos uma escola cívico-militar em Cáceres, onde nós tínhamos a pior escola. Quando transformou para cívico-militar, a evasão zerou, os índices de aprendizagem melhoraram significativamente naquele ambiente escolar, a comunidade escolar (se tornou) muito participativa, os pais muito participativos”, explicou o secretário em conversa com a imprensa durante a inauguração de uma unidade em Cuiabá, no bairro Dr. Fábio.
Mato Grosso saiu da 22º posição no ranking da educação pública nos estados, no ano de 2019, para a 8ª em 2024. Parte do sucesso é atribuído à essas escolas, já que das dez melhores unidades de ensino do estado, sete são cívico-militares.
Justamente por isso, o Governo vê no modelo a oportunidade para alcançar o top 5, isto é, figurar na lista das cinco melhores educações públicas do país. E a ideia é alcançar esse resultado já em 2025.
O governador Mauro Mendes, que também esteve na inauguração da unidade de ensino, destacou que o modelo é considerado “fundamental” para o objetivo do Governo do Estado.
“Este novo modelo, com gestão cívico-militar, será fundamental para melhorar o aprendizado de todos. Vamos construir muito mais unidades como essa para melhorar a educação na região metropolitana”, disse o governador Mauro Mendes.
“Vamos fazer um edital para transformar 30 escolas em Mato Grosso, em 16 municípios, em escolas cívico-militares. Com isso, queremos melhorar ainda mais a disciplina, o respeito, a educação e a qualidade pedagógica de todas essas escolas. Gradativamente, vamos atingir a meta de 100 escolas cívico-militares no Estado até o ano que vem”, completou.
Conforme o secretário, não há diferença no modelo pedagógico das unidades cívico-militares. Os professores e o material são os mesmos. A diferença é que as unidades prezam pela organização e pela disciplina, tanto para alunos como para professores.
“Uma aula de cinquenta minutos vai ter cinquenta minutos. A questão de o aluno chegar atrasado, a questão do aluno que não vem uniformizado. É uma organização, um respeito às regras e isso vai dar muito certo porque a gente já testou esse modelo”, acrescentou.