Importante corredor logístico para o escoamento da produção mato-grossense, a BR-158/MT está passando por obras de implantação e pavimentação. No trecho, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) avança com a construção do contorno da Terra Indígena Marâiwatsédé, pertencente à etnia Xavante. No momento, a autarquia realiza os serviços de terraplenagem e de sub-base.
Com investimento superior a R$ 670 milhões, a obra vai solucionar um gargalo logístico histórico no Mato Grosso, que é considerado o maior produtor de grãos do país. Pela rodovia, trafegam diariamente caminhões que escoam a safra do estado para os portos do chamado Arco Norte, no Pará, de onde a produção de soja, milho e algodão é exportada para o mercado internacional. Atualmente, cerca de 2 mil carretas trafegam por dia pela estrada que corta o trecho da reserva, o único da BR-158/MT que ainda não é pavimentado.
Primeiros 12 km
Em 2024, o DNIT deu início à construção dos primeiros 12 quilômetros do segmento, que já possui a licença ambiental liberada. Entre o km 201,2 e o km 213,3, no município de Canabrava do Norte, na região do Araguaia, já estão sendo investidos R$ 40 milhões.
O novo contorno prevê a pavimentação de 195,42 quilômetros, divididos em dois lotes construtivos.
O Lote A, já iniciado, compreende um trecho de 93,99 quilômetros, iniciando no km 201,2, região próxima ao Posto do Luizinho, até o município de Alto Boa Vista, no entroncamento com a BR-242/MT. O DNIT ainda aguarda a liberação da licença pelo órgão ambiental para executar o restante da obra do lote A.
Já o Lote B terá um trecho de 101,43 quilômetros, entre o município de Alto Boa Vista até a região do distrito de Alô Brasil, em Bom Jesus do Araguaia. Este lote está em fase de elaboração de projeto.