A Justiça de Mato Grosso condenou o médico Rodrigo da Cunha Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa, e outras quatro pessoas por corrupção ativa e passiva, por um esquema de recebimento de propina entre os anos de 2012 e 2013.
Também foram condenados os ex-secretários de Estado de Administração Pedro Elias de Mello e César Roberto Zílio; o ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cezar Correa Araújo; e o empresário Alexssandro Neves Botelho, proprietário da Sal Locadora de Veículos.
Rodrigo da Cunha, Pedro Elias, Sílvio Araújo e César Zílio, contudo, tiveram suas penas reduzidas por tererm firmado acordo de colaboração premiada com o Ministério Público (veja abaixo).
A decisão é assinada pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta terça-feira (22).
De acordo com a denúncia do MPE, o empresário Alexssandro Neves Botelho pagava propina aos agentes públicos para garantir que sua empresa recebesse pagamentos regulares e aditivos contratuais em contratos de locação de veículos com o Estado de Mato Grosso.
As penas
O empresário foi condenado a nove anos e seus meses de prisão, em regime inicial fechado, e pagamento de 45 dias-multa.
Já Rodrigo da Cunha, Pedro Elias e Silvio Araújo foram sentenciados a sete anos e seis meses de prisão, em regime fechado, e pagamento de 36 dias-multa.
Eles, porém, tiveram a pena reduzida para dois anos e seis meses, além de pagamento de apenas 12 dias-multa, por terem firmado o acordo com o MPE.
César Zílio, por sua vez, foi condenado a três anos e 10 meses de prisão, em regime semiaberto, e pagamento de 19 dias-multa.
Ele também teve a pena reduzida para um ano e três meses e pagamento de seis dias-multa por ter firmado acordo de colaboração premiada com o MPE.
A denúncia
Conforme o Ministério Público, Pedro Elias era o responsável por recolher as propinas e repassá-las a Rodrigo da Cunha, que usava sua influência como filho do governador para assegurar os pagamentos e os contratos da empresa.
Já Sílvio Araújo, segundo o MPE, recebeu propina de Alexssandro Neves Botelho, a fim de garantir o recebimento em dia dos pagamentos de contratos entre a empresa e o governo estadual, além de garantir aditivos contratuais.
Por fim, César Zílio foi acusado de receber propina em uma ocasião, ligada aos contratos da SAL Locadora de Veículos com o Estado de Mato Grosso.