Segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
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Presidente do Tribunal de Justiça de MT garante apoio à investigação sobre corrupção no Judiciário

A ação da PF cumpriu 44 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Campo Grande, Brasília e São Paulo nesta quinta-feira (24)

26/10/2024 | 09:34 - Atualizada em 26/10/2024 | 09:35

Repórter MT

Presidente do Tribunal de Justiça de MT garante apoio à investigação sobre corrupção no Judiciário

A desembargadora Clarice Claudino

Foto: Reprodução

A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Clarice Claudino, garantiu colaboração com a Operação Ultima Ratio, deflagrada pela Polícia Federal para investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais.

A ação, que também investiga esquema de lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas, determinou o afastamento de cinco desembargadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. Um lobista de Cuiabá, o empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, também foi alvo.

Os magistrados do TJMT afastados são: Sergio Fernandes Martins, presidente do TJMS; Vladimir Abreu da Silva; Marco José de Brito Rodrigues; Sideni Soncini Pimentel; e Alexandre Aguiar Bastos. Já o mandado de busca e apreensão contra o lobista foi cumprido na casa do empresário no condomínio Alphaville 1, em Cuiabá, mas ele não estava em casa. A reportagem apurou que ele viajou para Goiânia no dia 22 deste mês. Para ordem ser cumprida, foi necessário arrombar a porta da casa.

De acordo com Clarice Claudino, o TJ de Mato Grosso não foi notificado sobre as ações da PF, entretanto, garantiu contribuir com o que for necessário.

“Temos essa operação da Polícia Federal e nós ainda não sabemos ao certo, não fomos notificados, não sei a extensão, mas estamos à disposição e atentos para o que o Tribunal puder contribuir. Nós estamos absolutamente à disposição das autoridades”, declarou.

As investigações acontecem após análise de interceptações realizadas no aparelho celular do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros na frente de seu escritório em Cuiabá, no ano passado.

Apesar de o TJMT e nenhum de seus membros ter sido alvo da operçaão, a informação da Folha de SP é que magistrados de Mato Grosso também estariam envolvidos no esquema. Além disso, ministros do Supremo Tribunal de Justiça também estariam sendo investigados.

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