O comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Coronel Mendes afirmou em entrevista ao RepórterMT que as buscas por Raffael Amorim de Brito, assassino do sargento da PM Odenil Alves Pedroso, de 47 anos, continuam. Além disso, ele revelou que o criminoso já teria deixado o estado e estaria abrigado em uma comunidade no Rio de Janeiro.
Odenil foi executado com um tiro na cabeça no dia 28 de maio deste ano, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. Toda a ação criminosa foi registrada por câmeras de segurança.
De acordo com o comandante-geral, as Forças de Segurança do Estado estariam monitorando o criminoso e que a qualquer momento ele deve ser capturado.
"As buscas não cessaram, fizemos uma força-tarefa em conjunto com a Polícia Civil, constantemente temos recebido denúncias sobre o paradeiro do Raffael, esse homicida foragido, e tenho certeza que tão logo possamos localizá-lo em outro estado, porque já temos a informação de seu paradeiro", declarou.
"Ele não deve ficar por muito tempo, pois ele precisa de apoio econômico para se manter. Aqui no Mato Grosso era mais fácil porque todos os familiares se encontram aqui, mas estamos vigilantes e qualquer bobeira dele, ele será capturado", emendou.
As investigações relevaram, até agora, que Raffael teria assassinado o militar com a intenção de se apoderar de sua arma de fogo. Imagens divulgadas na época do crime mostram que Odenil tinha atravessado a rua para ir a uma lanchonete quando o assassino se aproximou em uma moto, atirou contra a cabeça do militar e fugiu levando a arma dele.
Odenil chegou a ser socorrido de helicóptero para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), mas morreu durante uma cirurgia de emergência.
Mendes ressaltou que as comunidades do Rio de Janeiro são destinos procurados por foragidos da Justiça. A procura se deve ao fato de os locais serem dominados pelas organizações criminosas, o que dificulta o acesso das polícias.
"Nós temos aí no Brasil um estado onde os bandidos têm sua proteção, que é dentro de comunidades (favelas no Rio de Janeiro), onde as polícias para fazer qualquer operação tem que cumprir uma série de requisitos e eles (criminosos) aproveitam para ficar escondidos nesses lugares porque, infelizmente, tem sido locais dominados pelas organizações criminosas", finalizou.