Com a deflagração da Operação Sisamnes, que investiga o envolvimento de desembargadores em um suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o governador Mauro Mendes (União) pediu para que as investigações sejam rápidas e que possam punir os envolvidos devidamente como prescreve a lei.
“Fico feliz por ver que os órgãos de controle do Judiciário brasileiro estão atuando e que se ficar comprovado durante o processo que alguém cometeu um crime, que possa ser penalizado na forma da lei existente no país.”, afirmou.
Em conversa com a imprensa nessa quarta-feira (27), o chefe do Executivo estadual disse que está acompanhando o caso e tem interesse no aprofundamento das investigações, cobrando que sejam sérias e claras, para que, por outro lado, nenhum alvo da operação tenha sido acusado injustamente.
“Eu acompanho atentamente como qualquer cidadão, mas na condição de governador, tenho interesse que as investigações se aprofundem, que elas sejam claras, que ninguém seja acusado injustamente, que elas sejam rápidas e sérias. Não podem acusar alguém e depois demorar meses, anos para finalizar o processo quando coloca sob questionamento a reputação de dois desembargadores e de vários profissionais.”, reforçou Mauro.
Deflagrada na terça-feira (26) pela Polícia Federal, a Operação Sisamnes foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou uma investigação contra nove supostos envolvidos em um esquema de venda de sentenças e de negociação de informações sigilosas, inclusive a respeito de operações policiais. Entre os alvos estão desembargadores, advogados e servidores.
Dois dos principais nomes envolvidos no esquema são os desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho.