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"Se presume inocente todos enquanto não condenados", diz Perri sobre desembargadores afastados

Os magistrados estão afastados do cargo desde agosto deste ano

27/12/2024 | 07:57 - Atualizada em 27/12/2024 | 07:58

Repórter MT

O desembargador Orlando Perri acredita na inocência de seus colegas de judiciário

Foto: Reprodução

O desembargador Orlando Perri, decano do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), classificou na tarde de segunda-feira (16), como lamentável o afastamento dos magistrados Sebastião de Moraes e João Ferreira Filho, por suposto envolvimento em esquema de vendas de sentenças. Para ele, ser presumidos inocentes até que o caso seja concluído.

“Olha, é lamentável, claro que todos nós sentimos essa situação que passa pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Mas nós temos que ter em mente que todos, absolutamente todos, são considerados inocentes até que se prove a sua culpabilidade. E nós esperamos que os nossos colegas afastados consigam provar a sua inocência perante o processo", comentou.

"Eu confio neles. Todos nós devemos confiar. Se presume inocente todos enquanto não condenados definitivamente. Se fosse o senhor, eu também teria que confiar no senhor, acreditar na sua inocência”, acrescentou.

Os magistrados estão afastados do cargo desde agosto deste ano. A decisão, que partiu do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou a instauração de reclamações disciplinares contra os dois desembargadores, além da quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados e de servidores do TJMT, referente aos últimos cinco anos.

Eles também foram alvos da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal.

De acordo com as investigações, foram identificados indícios de que os dois desembargadores mantinham uma amizade íntima com o advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, e que receberiam dele vantagens financeiras indevidas e presentes de elevado valor para julgar recursos que atendessem aos interesses dele.

Atualmente, os dois estão sendo monitorados por tornozeleira eletrônica. A decisão foi do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin.

O caso tramita em segredo de Justiça.

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