A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (29/1), a segunda fase da Operação Sangradouro, que tem como objetivo combater crimes como corrupção passiva e ativa, advocacia administrativa e a divulgação de informações sigilosas ou reservadas.
Durante a operação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Barra do Garças, Pontal do Araguaia (MT), General Carneiro (MT), Aragarças (GO), Piranhas (GO) e Brasília (DF). As ações visaram a coleta de provas, a apreensão de materiais usados na prática criminosa, entre outros itens relacionados à investigação. Além disso, um servidor da Funai foi afastado de suas funções, e medidas cautelares diversas da prisão também foram impostas.
As investigações revelaram que o servidor da Funai, em Barra do Garças, solicitava e recebia vantagens indevidas para realizar atos relacionados ao seu cargo e fornecer documentos de indígenas aptos a receber benefícios previdenciários.
A apuração também indicou que advogados e "despachantes" ofereciam e prometiam vantagens ilícitas ao funcionário público para que ele enviásse documentos de indígenas para que estes fossem beneficiados com pensões ou para agilizar processos administrativos na instituição.
Essa segunda fase da operação busca aprofundar as investigações e garantir a responsabilização dos envolvidos em um esquema de corrupção que afeta diretamente as comunidades indígenas e o sistema público de previdência.