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Caminhões fazem fila em centro de transbordo no MT em início lento dos embarques de soja

A expectativa é embarcar cerca de 7 milhões de toneladas a mais que no ano passado

06/02/2025 | 10:39

Reuters

Caminhões fazem fila em centro de transbordo no MT em início lento dos embarques de soja

Foto: Reprodução

Uma estação de transbordo de grãos que liga o coração agrícola do Brasil ao porto de Santos está congestionada por filas de caminhões, impedindo-os de descarregar a mercadoria rapidamente, disse uma associação de transporte de cargas à Reuters esta semana. Filas com até 3,5 mil caminhões se formaram na unidade de Rondonópolis, no Mato Grosso, que é operada pela Rumo, segundo nota da Associação Nacional do Transporte de Cargas (ANATC), que representa 2,2 milhões de caminhoneiros.

"A situação é alarmante. O tempo de descarga pode demorar 24 ou até 48 horas", disse Carley Welter, diretor institucional da ANATC, em comunicado.

Os problemas logísticos ocorrem em meio a um início lento das exportações de soja do Brasil. De acordo com dados de embarque, os embarques de soja do Brasil em janeiro caíram para 1,3 milhão de toneladas, ante 2,4 milhões de toneladas registradas no mesmo mês do ano passado.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) disse nesta quarta-feira que as chuvas atrapalharam a colheita de soja, o fluxo de caminhões e os tempos de carregamento dos navios, o que poderia reduzir os volumes de exportação de soja do Brasil em fevereiro.

A Rumo disse que filas de caminhões se formaram em Rondonópolis no final de janeiro, mas destacou que a situação agora está normal, sem gargalos.

Caminhões fazem fila em centro de transbordo no MT em início lento dos embarques de soja
Publicado em 05/02/2025 11:44

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Por Ana Mano e Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - Uma estação de transbordo de grãos que liga o coração agrícola do Brasil ao porto de Santos está congestionada por filas de caminhões, impedindo-os de descarregar a mercadoria rapidamente, disse uma associação de transporte de cargas à Reuters esta semana. Filas com até 3,5 mil caminhões se formaram na unidade de Rondonópolis, no Mato Grosso, que é operada pela Rumo, segundo nota da Associação Nacional do Transporte de Cargas (ANATC), que representa 2,2 milhões de caminhoneiros.



"A situação é alarmante. O tempo de descarga pode demorar 24 ou até 48 horas", disse Carley Welter, diretor institucional da ANATC, em comunicado.

Os problemas logísticos ocorrem em meio a um início lento das exportações de soja do Brasil. De acordo com dados de embarque, os embarques de soja do Brasil em janeiro caíram para 1,3 milhão de toneladas, ante 2,4 milhões de toneladas registradas no mesmo mês do ano passado.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) disse nesta quarta-feira que as chuvas atrapalharam a colheita de soja, o fluxo de caminhões e os tempos de carregamento dos navios, o que poderia reduzir os volumes de exportação de soja do Brasil em fevereiro.

A Rumo disse que filas de caminhões se formaram em Rondonópolis no final de janeiro, mas destacou que a situação agora está normal, sem gargalos.

“O sistema de descarga rodoviária no terminal funciona por serviço de agendamento e o cumprimento do horário pelos caminhoneiros é fundamental para se evitar fila e minimizar o tempo de espera”, disse a Rumo.

O Brasil, maior produtor e exportador mundial de soja, deverá colher uma safra recorde de soja de cerca de 170 milhões de toneladas em 2025.

A expectativa é embarcar cerca de 7 milhões de toneladas a mais que no ano passado, segundo a associação da indústria de óleos vegetais Abiove. O Brasil compete com os EUA e a Argentina nos mercados globais da soja, enviando a maior parte da sua produção para a China.

Na semana passada, houve um incêndio nas instalações de transbordo da Rumo em Rondonópolis. A empresa reiterou que as operações continuaram após o fogo ser controlado, sem fornecer detalhes sobre o impacto nas atividades.

Mais de oito trens partem diariamente das instalações da Rumo para Santos, cada um carregado com mais de 11.500 toneladas de grãos, disse a empresa.

Mato Grosso, o maior Estado produtor de soja do Brasil, deverá colher cerca de 47 milhões de toneladas este ano.

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