O delegado da Polícia Civil, Mauro Cristiano Perassolli Filho, detido na quinta-feira (06.03) sob suspeita de agredir a esposa em um condomínio em Cuiabá, também responde a processos administrativos (PADs) na Corregedoria da Polícia Civil. As denúncias contra ele incluem acusações de assédio moral feitas por investigadores e escrivães da corporação.
A reportagem do VGN obteve informações de que o delegado acumula ao menos sete denúncias em investigação junto à Corregedoria da Polícia Civil e também foi denínciado junto ao Ministério Público do Trabalho. Mauro é o titular de delegacias situadas em Alto Boa Vista, Porto Alegre do Norte e São José do Xingu.
Segundo a apuração, ele chegou a ingressar com uma ação de danos morais contra o Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso (Sinpol-MT), mas teve a demanda rejeitada em novembro de 2024.
Caso de violência doméstica
De acordo com informações da Polícia Militar, Mauro é suspeito de ter agredido sua esposa na útlima quinta-feira (06.03) dentro do apartamento do casal, localizado em um bairro da capital. Os agentes foram acionados por vizinhos, que relataram que o suspeito havia deixado o condomínio acompanhado de uma criança.
No local a vítima relatou aos policiais que o teria sido enforcada e empurrada contra a parede pelo marido.
De acordo com a Polícia Civil, após ser atendida no Plantão de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica e Sexual de Cuiabá, a mulher requereu medidas protetivas, mas não representou contra o marido, razão pela qual não houve autuação em flagrante conforme previsão legal. Ele foi conduzido por dano e injúria real.
Em nota, a defesa do delegado negou as acusações e informou que a família não irá entrar em detalhes do ocorrido
“As alegações veiculadas não refletem a realidade dos fatos, pois em momento algum houve qualquer agressão, tanto que não há qualquer lesão na suposta vítima, conforme atestam os próprios registros do caso”, disse Mauro.
“Por respeito à privacidade familiar e, sobretudo, para preservar sua esposa e sua filha, Mauro e sua família não entrarão em detalhes sobre o ocorrido. O compromisso sempre foi e continuará sendo com o bem-estar de todos os envolvidos, evitando qualquer exposição desnecessária”, manifestou.
O que diz a Polícia Judiciária Civil
A respeito dos processos administrativos a Polícia Judiciária Civil (PJC), informou que recebeu a reclamação acerca da conduta do delegado e esclareceu que todas as denúncias são devidamente apuradas.
Leia a nota na íntegra:
A Polícia Civil, por meio da Corregedoria-Geral, informa que recebeu reclamação relacionada à conduta do delegado e que registrou procedimento para análise.
Todas as denúncias que chegam à Corregedoria-Geral são devidamente analisadas e apuradas.
Informações sobre o teor e quantidades de procedimentos em apuração não são passados em razão da Lei 13.709/18 - Lei Geral da Proteção de Dados.
Defesa do delegado
A defesa do delegado Mauro Cristiano Perassolli Filho negou qualquer acusação contra ele e afirmou que sempre respeitou sua esposa. A nota destaca que não houve agressão e que a suposta vítima não apresenta lesões, conforme registros do caso. Além disso, reforça que Mauro não consome bebidas alcoólicas e que, no momento da condução à delegacia, ele não foi preso ou detido, estando acompanhado de sua filha, uma criança autista e PCD, enquanto comiam batata frita em uma conveniência. A defesa também criticou a forma como a mídia divulgou o caso, pedindo cuidado para preservar a imagem da família, especialmente da filha do delegado.
Veja na íntegra:
NOTA À TODOS
A defesa de Mauro Cristiano Perassolli Filho vem a público esclarecer os fatos e trazer a devida contextualização sobre os acontecimentos da noite do dia 6 de março, diante das informações divulgadas pela mídia.
Mauro nega veementemente qualquer acusação que lhe tenha sido imputada e reitera o respeito absoluto que sempre teve por sua esposa. As alegações veiculadas não refletem a realidade dos fatos, pois em momento algum houve qualquer agressão, tanto que NAO HÁ QUALQUER LESAO na suposta vítima, conforme atestam os próprios registros do caso.
Além disso, é importante esclarecer que Mauro não faz uso de bebida alcoólica. No momento em que foi conduzido à delegacia, a pedido dos policiais militares, ele não foi preso, não foi detido e não permaneceu detido. A condução ocorreu enquanto estava acompanhado de sua filha, uma criança de menos de 5 anos de idade, que é pessoa com deficiência (PCD) e autista, em uma conveniência, onde ambos estavam simplesmente comendo BATATA FRITA.
Ainda que não concorde com a forma como a matéria foi divulgada, Mauro mantém sua confiança de que a imprensa terá o devido cuidado para garantir que a verdade seja restabelecida, respeitando a imagem de sua família, especialmente a de sua filha, que jamais deveria ter sido exposta dessa maneira.