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Delegado detalha dinâmica do crime; garota foi morta em casa

Mãe só sobreviveu porque criminosos fugiram; comparsas confessaram envolvimento no crime

24/04/2025 | 08:19

Mídia News

Delegado detalha dinâmica do crime; garota foi morta em casa

Delegado Guilherme de Carvalho Bertoli, durante coletiva de imprensa

Foto: Reprodução

O delegado Guilherme de Carvalho Bertoli deu detalhes sobre a dinâmica do assassinato da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, cuja morte teria sido arquitetada pelo próprio padrasto, o servidor público Benedito Anunciação de Santana, de 40, em Cuiabá. 

De acordo com Bertoli, logo de cara a Polícia desconfiou da versão de roubo, diante do modus operandi envolver também um sequestro.  

Por meio de câmeras de segurança do programa Vigia Mais MT, foi possível verificar que Benedito foi por duas vezes até a casa das vítimas, onde também morava.  

Conforme a investigação, a residência, no Bairro Morada do Ouro, não tinha sinais de arrombamento e tudo indica, segundo o delegado, que foi o servidor quem colocou os comparsas na casa.  

“Nós tínhamos indícios de que ele teria levado os suspeitos para dentro da residência”, afirmou.  

Um dos supostos executores do crime foi preso e entregou Benedito e seu filho Gustavo Benedito Júnior Lara de Santana, de 18 anos. Gustavo também confessou a participação e disse que foi o pai quem o chamou para praticar o crime.  

“O filho também confessou a autoria e informou que o pai foi responsável por convidá-lo para praticar esse crime tão bárbaro”, afirmou o delegado.  

“O roubo foi só uma simulação para disfarçar essa atuação. O pai convidou o filho já com a intenção de executar não só a vítima, mas também a mãe. Graças a Deus a mãe demorou a chegar na residência, porque os criminosos adentraram, renderam a vítima”.  

Dinâmica 

Heloysa estava sozinha em casa quando foi abordada pelos criminosos e Benedito teria presenciado a enteada sendo agredida. Quando a mãe chegou em casa, a filha já estava morta.  

“Quando ela chegou, ela não teve contato. A filha já estava morta. Levaram ela para o quarto e foi então que conseguiram sair com o corpo da vítima”, explicou o delegado.  

“Pelas oitivas, pelos depoimentos, a atuação do Benedito, ele foi responsável por pegar o veículo Fiat Toro e buscar os comparsas. Ele colocou os comparsas dentro do local do crime, ele presenciou a vítima (enteada) sendo agredida e teve que sair porque teve um chamado de trabalho”, completou.  

Segundo os comparsas, o alvo principal era a companheira de Benedito, mas ele queria as duas, mãe e filha, mortas.  

“A determinação dele desde o início era que a Suelen fosse vítima do feminicídio, mas desistiram durante a execução”, afirmou o delegado.   

Conforme o delegado, o crime foi arquitetado naquele mesmo dia. “Foi um crime de ímpeto, na verdade não foi planejado, tanto que nesse dia há informações que ele teve um atrito com a namorada Suelen e ela estava disposta a encerrar a relação. Nesse mesmo dia foi que ele fez o contato com o filho dele”.  

O caso é investigado como feminicídio consumado, roubo majorado e corrupção de menores.  

Benedito já tinha passagem por violência doméstica no relacionamento anterior.  

Apesar da confissão dos comparsas, Benedito demonstrou frieza e não confessou a autoria do crime. 

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