O governador Mauro Mendes (União) disse ser a favor de que os mais ricos no Brasil paguem mais impostos que as pessoas mais pobres. Na visão dele, os chamados “super-ricos” deveriam contribuir mais com o país.
Entretanto, Mendes cobrou a aplicação correta do dinheiro dos impostos em medidas que reflitam diretamente na melhora da vida do cidadão.
“Tem que ter nesse país uma maior contribuição de quem mais pode contribuir. Tem gente que é super-rico que pode, sim, contribuir mais com o país”, disse.
“Quando entrei no governo, de alguma forma, coloquei os produtores para pagar mais, mas apliquei corretamente o dinheiro. Hoje, o que revolta muita gente do país não é só pagar mais imposto, é não ver o dinheiro dos impostos voltando adequadamente”, acrescentou.
Recentemente, o governo Lula lançou uma campanha defendendo a taxação dos mais ricos, chamada de "taxação BBB": de bilionários, bancos e bets.
O projeto retoma a proposta do governo federal de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil e, como forma de compensação para esse montante que o Governo abriria mão, o texto propõe aumentar o imposto sobre os contribuintes mais ricos (renda mensal acima de R$ 50 mil).
Mendes chamou a atenção que o Governo Federal não deveria se preocupar somente em aumentar impostos, mas também de cortar sues próprios gastos e citou o exemplo do que fez em Mato Grosso no início de sua gestão, em 2019, quando promoveu uma série de cortes de gastos para ajustar as contas do Estado.
“O Governo tem que, além de cobrar mais impostos, taxando super-ricos, cortar a [própria] despesa. Isso está sendo falado e efetivamente nada foi apresentado até o presente momento. Nós precisamos cortar a despesa no Governo Federal, foi o que nós fizemos dentro do governo do estado de Mato Grosso”.
“Por isso que deu certo, nós trabalhamos para aumentar a receita, mas também para cortar a despesa e eu faço isso todos os dias, evitando que a despesa cresça para sobrar dinheiro para investir. Senão não há dinheiro que dê, se você arrecadar muito e continuar gastando mal, e isso me parece que está acontecendo no Governo Federal”, completou Mendes.
