O presidente do PL nacional, Valdemar Costa Neto, confirmou há pouco, em Brasília, ao presidente da sigla em Mato Grosso, Ananias Filho, que o ex-presidente Jair Bolsonaro deseja um composição com o grupo do governador Mauro Mendes (União) para as eleições do ano que vem.
Com isso, o PL apoirá as candidaturas do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao Palácio Paiaguás, e de Mendes e do deputado ferderal José Medeiros (PL) ao Senado.
Conforme antecipou o MidiaNews, com exclusividade, Bolsonaro passou para Valdemar uma lista com vários nomes a serem apoiados nas próximas eleições.
No início da tarde de hoje (21), Valdemar e Ananias se reuniram em Brasília, na sede do PL, onde foi confirmada a vontade de Bolsonaro. Procurado pela reportagem, Ananias não atendeu aos telefonemas nem respondeu mensagens de WhatsApp.
Reunião com Wellington
A mesma fonte do PL nacional, que havia antecipado a informação, disse que a sigla iria se reunir ainda hoje com o senador Wellington Fagundes (PL), que até o momento trabalha sua pré-candidatura ao Palácio Paiaguás.
No encontro, o senador será comunicado sobre o desejo de Bolsonaro e que o PL espera que ele entenda a importância da composição para a sigla.
A decisão, também avalizada por Michelle Bolsonaro, encerra especulações de bastidores e consolida uma aliança que deve redesenhar o cenário político no Estado.
O apoio ao projeto de Mendes reflete a boa relação construída com Bolsonaro em pautas nacionais e bandeiras da direita no país. Internamente, o gesto é interpretado como um sinal de que o ex-presidente aposta na continuidade do modelo de gestão que tem garantido estabilidade fiscal e crescimento econômico ao Estado.
Apesar de integrar o Republicanos, partido que mantém diálogo aberto com várias correntes políticas, Pivetta é visto pelo entorno de Bolsonaro como um gestor pragmático, identificado com bandeiras liberais e com forte interlocução junto ao agronegócio, setor estratégico para o bolsonarismo em Mato Grosso.
Nos bastidores, lideranças do PL avaliam que o apoio antecipado tende a reduzir divisões internas e fortalecer o campo conservador no Estado.
