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31/01/2020 | 10:21

"Gritaria generalizada" não fará Governo rever legislação, diz Gallo

O secretário de Estado de Fazenda Rogério Gallo afirmou que o aumento de preços em alguns setores como comércio e combustível, considerado desproporcional pelo Governo, pode estar sendo usado como estratégia para que haja uma revisão nas mudanças da legislação tributária de Mato Grosso.

Em conversa com a imprensa, na manhã desta quinta-feira (30), o secretário disse que o Executivo não irá ceder a “gritarias generalizadas”.

“Pode ser uma estratégia, colocar a sociedade contra o Governo. Mas isso não está colando. Estamos demonstrando claramente que o impacto é muito menor do que o que foi para as gôndolas. Nós estamos abertos ao diálogo, mas não vamos que aceitar que sejam imputados ao Governo aumentos maiores do que foi a revisão dos benefícios, que antes eram privilégios fiscais”, disse.

“O diálogo está aberto. Já fizemos a revisão em alguns setores pontuais. Mas não é o caso do que está ocorrendo. Essa gritaria generalizada em torno dessa revisão dos benefícios não irá se traduzir em nenhum benefício prático. Trabalhamos com números, evidências. Com gritaria, não trabalhamos”, acrescentou.

Desde o início do ano, setores do comércio elevaram seus preços, culpando a aprovação de uma lei que revogou parte dos incentivos fiscais no Estado. Eles reclamam que a legislação aumentou a incidência do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Para o Executivo, houve, na verdade, o fim de “privilégios fiscais”, alguns concedidos por meio de corrupção, conforme delatado pelo ex-governador Silval Barbosa.

Nesta quinta, o Executivo realizou uma audiência para explicar os reais impactos da legislação, entretanto o setor do comércio boicotou o encontro e não compareceu. A reunião foi acompanhada por outros setores, como indústria e combustível.

“Por isso, queremos serenar os ânimos, fazer reuniões técnicas, demonstrar quais impactos. Aí, sim, vamos debater eventuais mudanças. Mas fazer gritaria e achar que o Governo vai cair nessa e revisar os incentivos para voltar a patamares não republicanos, isso não irá ocorrer”, disse Gallo.

“O que houve foi a correção de benefícios fiscais. Não houve aumento de carga tributária. Nós não mexemos em alíquotas. Críticas genéricas, achando que vai constranger e a gente vai voltar atrás em benefícios que eram privilégios, me desculpe, não iremos fazer”, completou.
 
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