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20/03/2020 | 09:46

Governo de MT admite subnotificação e critica a rede privada

O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo admitiu que o número de casos suspeitos do novo coronavírus, o Covid-19, é muito maior do que os notificados pela Pasta.

Até esta quinta-feira (19), conforme boletim informativo da Saúde, foram contabilizados 59 casos considerados suspeitos no Estado. 

No documento ainda não consta nenhum caso confirmado no Estado. No entanto, já foram identificados por hospitais particulares três casos da doença no Estado: dois em Cuiabá e outro Rondonópolis.

“Reconhecemos que há subnotificação. Infelizmente, a rede privada parece que não se sente obrigada a fazer as notificações oficias. [...] Nós temos que ter prudência em notificar os casos, nós queremos proteger não apenas aqueles que podem ser casos positivos, mas aqueles que convivem com eles e tem contato com eles”, afirmou o secretário.

A informação foi repassada pelo secretário em uma coletiva à imprensa realizada virtualmente nesta sexta-feira (19).

Figueiredo revelou que se reuniu nesta quinta-feira (19) com promotores do Ministério Público Estado (MPE) para definir medidas recomendatórias às unidades hospitalares particulares.

“Por força disso tivemos uma reunião com o MPE para que notifique e recomende aos hospitais privados que sigam os protocolos aos quais estamos ligados”. 

“Na suspeita de um caso precisa, sim, comunicar o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, o CIEVS”, afirmou. 

Prevenção  

Figueiredo disse, ainda, que as pessoas que apresentam sintomas parecidos com gripe, mas sem febre e dificuldades respiratórias, devem procurar as unidades básicas de saúde. 

“UPAS, unidades básicas, policlínicas, mas não os hospitais de referência como o Hospital Julio Muller e Santa Casa. Esses estarão prontos para atender casos graves que serão identificados dentro dos exames realizados”. 

“Sugerimos que não haja pânico e que todos atendam a recomendação do Governo do Estado de restrição de aglomerações, de eventos, que fiquem em casa, para evitar uma contaminação e controlarmos o máximo de casos que podem ser considerados positivos”, afirmou.

A Secretaria recomenda que as pessoas adotem a chamada “etiqueta respiratória”. Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. E caso não haja, usar álcool em gel 70%. 

Também é importante evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; evitar contato próximo com pessoas doentes; ficar em casa quando estiver doente; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
 
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