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18/07/2022 | 08:23

“Governo está impondo limites para tratar dinheiro com respeito”

O secretário-chefe da Casa Civil, Rogério Gallo, defendeu o projeto de lei que limita o uso de emendas parlamentares e de recursos do Governo para eventos culturais. Segundo ele, o intuito é tratar "com respeito" o dinheiro público. 

A medida foi apresentada após uma emenda de R$ 450 mil para realização do reality show “Casa Digital MT” ganhar as páginas da imprensa regional e nacional. 

“O governador Mauro está propondo limites, critérios, para eliminar qualquer tipo de polêmica quando se trata de dinheiro público. É isso que temos que ter: respeito ao dinheiro da sociedade”, afirmou ele à rádio Jovem Pan na última semana. 

O projeto foi encaminhado para a Assembleia Legislativa na terça-feira (12) e será analisada pelos parlamentares estaduais. Sendo aprovada, segue para sanção do governador Mauro Mendes, que é autor da proposta. 

A medida impõe um teto de R$ 200 mil para contratação de shows regionais. A proposta também impede que sejam destinados recursos públicos do Estado para contratação de shows nacionais. 

Segundo o secretário, a medida é uma forma que o Governo achou de evitar que ocorram gastos “estratosféricos” com o financiamento realities shows e apresentações de artistas de renome, que tem capacidade de bancar os próprios shows com as vendas de ingressos.  

“É também uma forma de fomentar a nossa cultura local ao invés de ficar financiando artistas de renome nacional”, explica. 

Reality e shows milionários 

O procurador-geral de Justiça José Antônio Borges abriu uma investigação preliminar para apurar a destinação de uma emenda parlamentar no valor de R$ 450 mil para realização do reality show “Casa Digital MT”. 

A investigação, denominada Notícia de Fato, foi aberta por solicitação do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União Brasil), autor da emenda. 

Antes deste episódio, a polêmica das emendas para cultura já estava sendo debatida, pois cantores famosos do sertanejo estavam recebendo cachês milionários para fazer shows no interior do Estado. 

O assunto tomou proporção nacional e ficou conhecido como a “CPI do sertanejo”.
 
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