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29/07/2022 | 08:02

Norte Araguaia não tem municípios na lista de focos de queimadas; MT lidera ranking

Mato Grosso é o estado com maior número de focos de queimadas no país, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O levantamento buscou dados da plataforma BDQueimadas, disponibilizada pelo Inpe, de janeiro até o dia 27 de julho. A região Norte Araguaia não possui municípios na lista divulgada.

O estudo é realizado por meio da identificação dos focos através de técnicas de sensoriamento remoto, geoprocessamento e modelagem numérica. As análises são separadas por país, estado, município e biomas das regiões. 

De 34.123 focos no país, o órgão havia registrado 8.344 locais de queimadas em território mato-grossense até a última quarta-feira (27), o que aponta crescimento de 20,7% em relação ao mesmo período do ano passado e faz o estado superar o segundo colocado, Tocantins, em 94%. 

Se considerados apenas os dados dos 27 dias de julho, Mato Grosso ocupa o terceiro lugar no ranking dos estados com maior número de queimadas, totalizando 1.504 focos. O estado fica atrás do Maranhão e do Tocantins. Em comparação com 2021, houve crescimento de 9,5% dos focos no mesmo mês. 

Dos dez municípios com maior concentração de queimadas no país, cinco são de Mato Grosso. Confira a lista completa:

Corumbá (MS) - 511 / 5,7%

Formoso do Araguaia (TO) - 485 / 5,4%

Feliz Natal  (MT) - 484 / 5,4%

Nova Ubiratã (MT) - 483 / 5,4%

Lagoa da Confusão (TO) - 466 / 5,2%

União Sul  (MT) - 405 / 4,5%

Nova Maringá (MT) - 396 / 4,4%

Tangará da Serra (MT) - 389 / 4,3%

Fernando Falcão (MA) - 380 / 4,2%

Mateiros (TO) - 324 / 3,6%
 
Prejuízo

Além da piora na qualidade de vida em Mato Grosso, o Inpe também se preocupa com os danos que o aumento das queimadas podem ter para com os biomas presentes no estado. Diante disso, 48,8% das queimadas registradas no período analisado foram localizadas no Cerrado, bioma já em risco de perda de suas características. 

O período de seca, associado à fumaça das queimadas, aumenta a incidência de problemas respiratórios na população. 

Também, de acordo com o Inpe, o alto número de focos pode ocasionar a perda de patrimônio socioambiental e cultural, como as áreas de uso familiar ou coletivo atingidas pelo fogo criminoso, as faixas de florestas e cerrado que representam habitats para muitas espécies animais e vegetais e mesmo os sítios arqueológicos ainda desconhecidos por instituições de pesquisa e comunidades do entorno.
 
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